Aos Amantes da Bíblia

Este blog têm sido construido com a finalidade exclusiva de salvar das falsas doutrinas aqueles que têm o ardente desejo de se aproximar de Deus, como manda o próprio Deus, quando diz: "Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares" (Josué 1.8,9)



Faça bom proveito dele



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Deus em quem tenho crido

O Apóstolo Paulo deparou-se muitas vezes com problemas relacionados com o Deus que as pessoas escolhem para crer. Parece estranho esta minha colocação, mas você vai certamente entender o porque.

Em Gálatas 1.1, o grande Apóstolo inicia a sua escrita assim: Paulo, apóstolo não da parte dos homens, nem por intermédio de homem algum, mas sim por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos,... Neste versículo ele deixa bem claro que a sua fé e chamada não teve nenhuma influência humana; com efeito, tu do o que ele fez e realizou foi com base no que recebeu diretamente da parte de Cristo. E o que é que Paulo recebeu diretamente de Cristo para realizar senão a incumbência da proclamação da maior notícia alvissareira de todos os tempos: vida eterna? Porém, em Atos 9.16, Jesus, a respeito de Paulo e essa grande obra que ele ia realizar em nome Jesus, diz a Ananias: “... pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome.

Não é mistério a obra da redenção, mas para muitos ainda o é. Mas isso é porque o ser humano é tão materialista e dado ao comodismo que até a obra da redenção, que é vivida em meio a muitas aflições e tribulações, tem-na transformado em fonte de renda e vida deleitosa.

• Muitos estão se aproximando de Deus, crendo no seu poder somente para ser curado de alguma enfermidade ou defeito físico, como os dez leprosos, que clamaram a Jesus: Mestre tem compaixão de nós! (Lucas 17.13), e Jesus curou os dez, mas só um voltou para dar graças a Deus. Porém, para o que voltou para agradecer, Jesus disse: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou (v. 19) Os dez foram curados, mas só o que voltou reconhecendo o grande favor de Deus foi digno de salvação, e é o que está acontecendo com muitos, hoje: só estão recebendo do Senhor cura, porque a sua fé só alcança até ai.

• Outros tantos estão se aproximando de Deus crendo que Ele tem poder para propiciar bens materiais em abundância; e, para se obter bens materiais, são vários os versículos bíblicos usados por certos pregadores, mas os mais usados são: “... e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis (Mateus 21. 22). O argumento do pregador, então, é: Irmão, pode pedir, mas não peça qualquer coisa. Se você quer um carro, não peça um Fuska, porque Fuska não é carro; peça um BMW. Se você quer uma casa, peça uma casa com vários quartos. Porém, para quê pedir tão alto, se o salário do irmão que está pedindo tais bens, talvez, não chega para tanto. Como é que o tal irmão vai fazer para manter tais bens, como estes? Mas o versículo para entender que nem tudo o que pedimos vamos receber é este: E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (I João 5.14) Este versículo nos faz entender que ainda que creiamos, só receberemos o que pedimos, se pedirmos segundo a sua vontade. Mas, se Ele resolver dar a você o que você está pedindo, não sendo esse pedido segundo a Sua soberana vontade, dispensa, porque Deus é um Pai amoroso, certas vezes Ele resolve nos dar o que pedimos insistentemente para aprendermos uma lição. E,se quer saber, não queira aprender essa certa lição. O bom mesmo é deixar o Pai realizar a sua soberana vontade em nós.   

• Outros estão se aproximando de Deus por que crêem num Deus que tem poder para propiciar uma vida regalada, sem sofrimentos, e os versículos bases usados por certos pregadores são estes: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança. E por amor de vós (dizimistas) repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo será estéril, diz o Senhor dos exércitos” (Malaquias 3.10,11); dando a entender que a partir do momento que a pessoa começa a dizimar já não haverá mais falta de emprego e as doenças não serão mais um problema; a pobreza também já era. Diante dessas realidades, queremos deixar bem claro que a Bíblia pode ser usada para dar vida e também para matar.  Cuidados com os que estão usando-a somente para matar.

Prezado leitor, não pagamos o dízimo e nem o damos, que é uma expressão erroneamente usada pela maioria dos cristãos, mas entregamo-lo a quem de direito; porque o s dízimos são de Deus. Quando retemos o dízimo conosco, estamos roubando a Deus. Está escrito: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas” (Malaquias 3.8) Sendo assim, não temos o direito de exigir nenhum favor de Deus. Quando Eles nos abençoa, Ele o faz porque a sua natureza é puramente amor (I João 5.3).

O Deus em quem temos crido

O Deus em quem temos crido é o mesmo Deus de Abraão, que sendo chamado, não olhou para os bens materiais, mas saiu da casa de seu pai rumo ao desconhecido, crendo somente na voz que o chamara. Antes de ser digno de receber alguma coisa de Deus, Abraão deu de livre vontade tudo de si; sem vacilar e murmurar, deu o que mais amava: seu filho. Mas a partir daí o grande patriarca conquistou do seu Deus a posição mais abençoada possível: a de ser chamado de amigo de Deus (Isaías 41.8)

O Deus em quem temos crido é o mesmo Deus de Jó, que tendo sido um crente sincero, reto, temente a Deus e que se desviava do mal (Jó 1.1), perdeu a saúde (Jó 2.7,8), os filhos, os bens materiais (Jó 1.16), os parentes e os amigos (Jó 19.14) E como se não bastasse, a sua mulher, em vez de ajudá-lo, ainda tentou empurrá-lo mais para a desgraça (Jó 2.9) Mas Jô, em meio a tudo isso, mostrou que a sua fé não estava apoiada somente num Deus de prosperidade material e de curas físicas, mas num Deus que podia resgatá-lo daqueles momentos terríveis; e assim chegou a dizer: “Ainda que Ele me mate, nEle esperarei;...” (Jó13.15) Se a fé de Jó fosse uma fé materialista não teria suportado todo aquele sofrimento. A fé desse exemplo de crente o levou à salvação.

O Deus em quem temos crido é o mesmo Deus de Paulo, que, ainda que conciderado pelos maiores teólogos, como o maior apóstolo de todos os tempos, sofreu horrores na sua caminhada com Cristo (II Coríntios 11.23-28). Mas a fé do grande apóstolo não estava apoiada em bens matérias e nem em curas físicas; e a prova disso está em I Timóteo 6.7-12) E não só, mas também disse: “Sei passar necessidade, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.12,13), mostrando, com isso, que não cria num Deus somente de bens materiais e curas físicas, mas num Deus que lhe dava poder para ficar firme tanto na abundância como também nas necessidades.

Paulo disse: “... eu sei em quem tenho crido,...” (II Timóteo 1.12)

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